recuperei o meu livro "finis praxis", ainda estava no pc da rosa. já o descobri há uns dias. refiro-o agora porque estive, durante a madrugada passada, a rever e a retocar o mesmo. foi estranho, os regressos são-me sempre estranhos. o que se torna particularmente estranho neste mergulho é que nesse livro eu sou capaz de fazer um flashback dos meus últimos dez anos de vida. detenho-me em alguns poemas e tento redefinir os espaços, as situações, os sentimentos, as pessoas que estiveram na origem dos mesmos. sobretudo as pessoas, ou as ligações às mesmas. a grande virtude da redacção da poesia é que esta nos perpetua as ligagões. não é fácil aceitar/integrar isto. mas faz parte do processo. hoje em dia já aceito este facto com uma maior tranquilidade. a poesia é o supra-sumo da virtualidade. não no aqui e no agora (principal característica do conceito contemporâneo do virtual) mas no aqui e no depois. a poesia é um compromisso absoluto com o futuro.
a poesia é-me e ser-me-à sempre enquanto me é.
o pior dos mergulhos, o que faço agora e que nada tem de poético, é que não consigo parar de cometer os mesmo erros.
estou ultra fodido comigo.
cornos p'ra mim.
"i only hurt the ones i love. erotic, erotic, put your hands all over my body."
Saturday, July 16, 2005
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment