ipodonan

Sunday, January 30, 2005

In Sul Tão

És a inteligência rara. És o Carmo e a Trindade e a Rua do Ouro e da Prata e quase todas as ruas onde há gente. És o sabor de Lisboa ao fim da tarde, em Abril, em Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro, Janeiro e Fevereiro. És a nudez, a roupa nova e a roupa velha. És o toque e a música, és a Rosa dos Ventos e a calçada portuguesa. És um cata-vento e és o vento por catar. És um comboio permanente de Lisboa a Roma Antiga. És um Calippo de Limão. És uma logoteca de brincar e eu brinco-me em ti. És o Génio da Lâmpada e os Quarenta Ladrões do Ali Babá. És as coisas todas que andas a aprender. És o Alecrim aos Molhos, és o Galo de Barcelos e a Menina das Sete Saias. És a primeira infância e “os meninos à volta da fogueira”. És o Sequim D'Ouro, a Sopa da Pedra, o Caprisone e a Internet. És o Bailinho da Madeira e és o Trio Odemira. És o Fa Fresh e a Lógica da Batata. És o Bolo Rei (és o brinde e és a fava). És um retrato para ser visto ao contrário. És o drops de anis e o escurinho do cinema. És o Yellow Submarine, a Montserrat Caballé e a décima quarta maravilha do mundo. És o crime passional, a Revolução Francesa e a Távola Redonda. És o Tronco de Natal, a Fatia Dourada e a Baba do Camelo. És a TVI, o Natal dos Hospitais e o “boca doce, é bom, é bom, é, diz o avô e diz o bebé”. És o Pingo Doce, a Cantora Careca, a Serenata à Chuva e o Crêpe Suzette. És a Muralha da China, a Tosta Mista e a Agatha Christie. És a Luta Livre, a Princesa Diana e Cabelo à Foda-se. És a Renda de Bilros, a Expo 98 e a Aspirina C Efervescente. És a Raiz Quadrada, a Estenografia, o Pão de Ló e a Loja do Mestre André. És o 112, a Mansão da Playboy, a Música Pimba e as Claras em Castelo.

És o 28, a Lara Li, a Banana Fa Si e a Simara. És o 25 de Abril, o Zé Povinho, o Futebol de Salão e a Festa Na Mouraria. És a Gabriela Cravo e Canela, o Chico Fininho, a Fafá de Belém, e Roleta Russa. És o tiro no escuro, a regra do jogo e a Cabra Cega. És o Arco da Rua Augusta, és a Coca-Cola, o Candomblé e a Catarina Furtado. És o Circo no Gelo, a Vodka Limão, a Carga de Trabalhos e o Pavilhão do Futuro. És a Bic Laranja, és a Bic Cristal, és a Maria Madalena e a Alheira de Mirandela. És o Manguito, a Gioconda, a Natação Sincronizada, a Memória Ram e a Bola de Berlim. És Boceta de Pandora, a onomatopeia, o Cristo Rei e a Maluquinha de Arroios. És a Castanha Assada, a Batata a Murro, a Eurovisão, o Fado e a Wallstreet. És a Bota Botilde, a Pop Art, a sorte grande e a terminação, o Titanic, a Valsa, o Tango, o Samba, o Tcha Tcha Tcha, a Cannabis, a Inquisição, as Vinte Mil Léguas Submarinas, és o Euro 2004, és a Chain Reaction, és a Linda Reis, a Suzy Paula, és a Palmira Bastos, a Branca de Neve, a Fada Madrinha, a Bruxa Má, a Tolerância Zero, o Pontilhismo, a Ejaculação Precoce, a Puberdade, a Maria Callas, a Laika, o osso duro de roer, o Espírito Santo, a Vogue Japonesa, a Reader’s Digest, os Gipsy Kings, o Pentateuco, a Espargata, o Buraco Negro, a Banha da Cobra, o Rodízio, a Dança do Ventre, a Rua da Amargura, a Santíssima Trindade, a Homeopatia, a Pornografia, a Nova Dramaturgia, a Catalepsia, a Astrologia, a Bolacha Maria e a Mitomania. És “filho de uma rosa, de um cravo nascido”.

ÉS A MINHA REAL GANA. 

EU SOU UM MEGAFONE.

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