MANTRA A UM DEUS menor
Pingam-te da boca palavras obscuras, em cachos impróprios
de estranhas tonturas.
Fechas os olhos e não te depuras, a vida é a membrana
que tu não perfuras.
Cerras os dentes, não mordes figuras, inventas doenças
que tu próprio curas.
Tropeças no fogo de camas impuras, mergulhas o rosto
em novas tinturas.
Vacilas com o corpo a cinco queimaduras, passeias o olhar
por estranhas iluminuras.
Engoles o termómetro, não medes fissuras, inalas os cheiros
por ordem de espessuras.
Partes pescoços, tíbias e cinturas; tu és o planeta
e eu a maldade das criaturas.
Wednesday, November 10, 2004
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