Tuesday, February 05, 2019
sobre do viver a ciência
Ah, meu amor, meu amor, meu tão grande amor - gritou e quase uivou, tal era a dor - as saudades que eu tenho de ter caspa!
As saudades que eu tenho - continuou - das tuas idas à farmácia e do cheiro a petróleo de cada nova panaceia.
E continuou e continua:
Agora somos o cheiro a mijo e a simpatia da Santa Casa. Meu amor, meu amor, tanta discussão, tanto refutar e, agora, a incapacidade de conseguir aceitar que o amor não pode ser só a rouquidão, o extinguir da reclamação e, neste quinto andar, eu e tu, meu amor, a morrer dentro de umas fraldas. Meu amor, porque não fomos, naquele Verão, a Marraquexe?
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