desafio o verbo, o poema, a récita e a vontade de o cantar - a bradar.
eu instigo o meu olhar, faço-o
crescer, forçar-se a ser - nada querer quando tudo está a dar.
eu mordo o desejar, pareço tolo e
(sou tolo)
sou o conjugar do conjugar.
eu acaricio as horas
torno-as brandas, moles, serenas, torpes;
dou-lhes um novo olfactar.
eu por ti viajo, eu por ti reparo, eu por ti remonto o estar e
a vontade de estar.
eu em nós dou à poesia um novo e
tão querido
paladar!
eu não sei estar no intervalo das palavras que não dás.
mas estou.
porque eu sou um poeta e
valha-nos isso,
até ao dia.
até ao dia se, a si mesmo, se cantar.
eu já vivi muitas vidas e isso dá-me a altitude de...
um novo poema, agora, começar.
olha bem por, e para, mim.
porque eu sou escasso como o luar do teu luar!
2 comments:
Meu Caro!
Você está a me surpreender profundamente!
És um Poeta de rara inspiração em nossos dias!...(?)
ou estou demente
pela tua beleza toda!
rsss
muito obrigado, william.
as tuas palavras sabem-me bem. não estás demente, não. lol.
eu também gosto da hilda hilst.
abraço,
onan
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