ipodonan

Sunday, October 25, 2009

há quase vinte e quatro horas

A hora pode mudar, tantas e tantas vezes, mas há coisas que não mudam. Não muda esta vontade. Não muda este desejo. Não muda esta boa impressão que em mim fica depois de contigo ter estado. A hora pode mudar mas eu, nem por isso, mudo. Há sete anos que te quero (bem). E isso ainda não mudou. Há quase vinte quatro horas que tudo se intensificou. Falei-te de mim e tu falaste de ti. Há quase vinte e quatro horas que gosto ainda mais de ti. Há quase vinte e quatro horas que, dedicadamente, me aprumaste, com um desenho, o maço de Lucky Strike que, com blandícia e entusiasmo, hoje, todo o dia, trouxe comigo e agora depositei em cima da capa do "Arabesque" da Jane Birkin. Aqui está, à minha frente, em cima da secretária. Sei que muitas vezes olharei para ele. Penso na quantidade de horas que terão de passar até que tu, aqui, o possas ver e eu to possa demonstrar. Há quase vinte e quatro horas que me sinto mais perto daquilo que quero. Quero-te. O que são vinte e quatro horas em sete anos? O que são sete anos numa vida? O que será que determina se, ou não, vamos ser tu mais eu, eu mais tu, nós? O que será que tu pensas/queres/és e virás a ser (para mim)? E cada vez te sinto/vejo/acho/creio mais bonito. Eu que, sempre te achei/senti nada mais, nada menos, do que lindo, cada vez mais lindo, nunca esquecerei o teu arrotinho e nunca esquecerei o teu riso quando te afirmei o quanto o mesmo me deliciou. Lindo! Uma vez mais: as pessoas são complexas e felizes de nós quando perdemos o medo de ter o direito de o ser. Danças como ninguém; sempre dançaste e eu adoro, discreta e meio negligentemente, ver. Tens tanto aí; tens aquilo que eu penso que preciso. Venham-nos novas manhãs e muito mais horas.

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