eu fui a esfera sem não nem senão
quando as ravinas se abriram no ar
tu foste o gosto de um tempo de verão,
a noite-língua a crescer devagar
eu fui a estrofe sem mão nem refrão
quando o meu corpo se quis glaciar
tu foste o sol-mel-sol-posto no chão
és hoje a vida-céu dentro do mar
eu navego na tua boca afluente;
tu és um barco oceano do tacto.
Thursday, March 17, 2005
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